Um gargalo é uma falha ou erro em uma linha de produção, que impede as tarefas seguintes de serem feitas no ritmo esperado. Ele impede a continuidade do trabalho ou faz com que este ocorra em um ritmo mais lento.
Em geral, gargalos na produção acontecem por falta de conhecimento do processo estabelecido, que requer conhecer a matéria-prima e os estoques, monitorar as equipes e as máquinas e conhecer indicadores que podem ajudar a detectar problemas.
Um gargalo pode causar um “efeito dominó” negativo: a produção interrompida pode levar à perda da validade dos estoques, o que causa prejuízo financeiro, atrasos no faturamento, na emissão de notas, no processo de logística e até mesmo no atendimento ao cliente final.
Ou seja, de ponta a ponta, esses entraves fazem todos saírem perdendo. Portanto, o papel das empresas é identificar gargalos, entender suas causas e procurar soluções.
O que gargalos na produção podem ocasionar?
Um gargalo, ou estrangulamento, no começo do processo prejudica todas as etapas que vêm em seguida, e a empresa acaba produzindo abaixo da capacidade em todos os estágios da produção.
Caso o gargalo esteja no fim da linha, irá atrapalhar o escoamento da produção, gerando estoque excessivo do item fabricado.
Gargalos no meio do processo produtivo fazem com que as etapas anteriores tenham estoque em excesso e as etapas na sequência aconteçam mais lentamente.
Algumas consequências das falhas na produção das empresas são:
- Baixa produtividade. A equipe fica ociosa até que o problema seja resolvido.
- Baixa qualidade do produto final, porque os erros contribuem para que a produção seja defeituosa.
- Conflitos internos também podem acontecer, já que as pessoas envolvidas se desgastam com a situação.
- Falta de previsibilidade, já que não se sabe o quanto vai ser produzido num espaço de tempo.
- Indefinição da capacidade de produção. Os erros não permitem saber a quantidade exata.
O que pode causar gargalos na linha de produção?
- Falha em equipamentos: é um obstáculo comum, que pode ocorrer por desatualização ou falta de manutenção. Interrupções constantes por essa razão podem causar paralisação da produção, baixa qualidade do produto final e desperdício de investimento.
- Problemas na gestão de custos: não parece, mas a gestão de custos está diretamente ligada a erros na produção, o que pode afetar o preço do produto final.
- Falta de acompanhamento da produção: quem acompanha o processo produtivo se envolve nele, o conhece melhor e consegue engajar as equipes, o que facilita a definição de metas, prazos e indicadores.
- Estoque mal gerenciado: insumos em falta são um motivo comum para interromper a produção. É obrigatório ter informações exatas sobre quais itens devem ser comprados e a periodicidade das aquisições. O controle de estoque anda de mãos dadas com a gestão de matéria-prima.
- Ausência de gestão da matéria-prima: contar com fornecedores de confiança e eficientes, que entregam insumos no prazo certo e na quantidade acordada é muito importante para garantir a fluidez da linha de produção.
- Ausência de treinamento: é preciso investir em treinamento e requalificação. As equipes devem se manter informadas sobre tecnologias industriais e suas mudanças. Estar por dentro de novos conceitos, processos e do funcionamento de novos equipamentos é imprescindível para a empresa.
- Falhas de comunicação: é um grande causador de desentendimentos e pode causar problemas imensos. E não estamos falando apenas de comunicação verbal: em uma fábrica, registrar dados em planilhas diferentes, ou não registrá-los, são exemplos disso. Informações descentralizadas ou difíceis de acessar contribuem para um ambiente desorganizado e caótico, é fundamental ter um banco de dados organizado e atualizado para que o trabalho transcorra sem obstáculos.
- Gestores não qualificados: funcionários que conhecem os processos de uma empresa na teoria e na prática são essenciais. Um gestor que não conhece os procedimentos do lugar onde trabalha pode trazer prejuízos para outros setores além do seu.
- Ausência de indicadores: uma linha de produção precisa ter critérios. Podem ser adotados, por exemplo, indicadores como “Número de itens produzidos por ciclo de tempo”, “Horas trabalhadas” ou “Porcentagem de produtos defeituosos”. Como um gestor não pode passar o dia ao lado dos funcionários acompanhando a produção, ele avalia por meio dos números o que não vai bem e precisa de ajuste.
Como solucionar gargalos de produção?
O primeiro passo é mapear o processo produtivo, ou seja, um mapeamento detalhado de etapas, insumos, máquinas e funcionários envolvidos ajuda a identificar pontos de melhoria.
A partir daí, vem a etapa de definição do melhor processo produtivo para usar:
- Processo em linha: usa uma sequência de atividades lineares e bem definidas, com operações precedentes e subsequentes.
- Processo em lote: permite produzir itens distintos com sequências diferentes de atividades.
- Processo por projeto: indicado para fábricas que produzem um produto único, personalizado e sob demanda.
- Acompanhar o processo produtivo: as etapas devem ser seguidas de perto e continuamente. Assim, o gestor pode estudá-las a fundo e identificar o que pode ser aprimorado.
- Usar um software de gestão: é trabalhoso fazer controles manuais, assim como preencher planilhas. E esses métodos têm altas margens de erro. Dessa forma, é preferível usar um software de gestão. Os melhores contam com boas ferramentas para detectar gargalos, em especial no caso de ERPs (um sistema de gestão que permite acesso fácil, integrado e confiável aos dados de uma empresa). Um ERP deve ser visto como investimento, pois é um recurso essencial para reduzir problemas na linha de produção e aumentar a lucratividade da empresa.
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